sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O promotor Everardo Yunes, da 7ª Promotoria de Justiça, em Camaçari, botou, junto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Zé de Elísio, no mesmo 'saco da justiça' os ex-prefeitos Caetano e Helder, sob acusação de terem cometido o mesmo tipo de crime
O promotor Everardo Yunes, da 7ª Promotoria de Justiça, em Camaçari, botou, junto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Zé de Elísio, no mesmo 'saco da justiça' os ex-prefeitos Caetano e Helder, sob acusação de terem cometido o mesmo tipo de crime
Na última sexta-feira foi um, quatro dias depois outro, e mais dois dias depois a fila cresceu com mais outro, 'tudo' da mesma cidade, onde 'os mais velhos', diante da situação certamente diriam ser todos 'farinha do mesmo saco'.
E quando usamos o termo "farinha do mesmo saco", entende-se de pessoas que se assemelham em compreensão, ações, conduta e entendimento, que estão andando juntas. Contudo essa, em tese, não é a regra, se avaliarmos o relacionamento, que não seria demais dizer, odioso, que a cidade de Camaçari, a Bahia e uma banda de Sergipe sabe, que envolve pelo menos dois dos protagonistas dessa notícia, o deputado federal Luiz Caetano e o secretário de Governo do prefeito Elinaldo (DEM), Helder Almeida (DEM).
Mas se não "farinha do mesmo saco" no sentido partidário da palavra, não há como negar que o promotor Everardo Yunes, da 7ª Promotoria de Justiça de Camaçari, botou, junto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Zé de Elísio, no mesmo 'saco da justiça' os ex-prefeitos Caetano e Helder, sob acusação de terem cometido o mesmo tipo de crime, onde, se condenados, milhões e milhões de reais, quando somente do secretário Helder Almeida, se corrigido, a soma chegaria a atuais quase 20 milhões, à ser devolvido aos cofres públicos municipais.

Mas não cabe a atenção aqui a nenhum dos três citados acima, como cabe ao promotor Everardo Yunes.

"Uma justiça desmoralizada não serve ao Judiciário, à sociedade, aos réus e tampouco aos advogados". Essas foram palavras proferidas pelo ministro da suprema corte brasileira, no plenário da suprema corte, a saber o Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, numa clara alusão da seriedade que é para o judiciário a suspeição da sociedade sobre atos de determinados membros daquela corte, durante voto que dava favorável à prisão de determinado sujeito, um político, diga-se de passagem, condenado em segunda instancia, como se tem visto nos últimos tempos.

É "apenas" um promotor no universo da justiça, mas, em se confirmando as denúncias e o entendimento do promotor 'daqui pra cima', diferente do que está acontecendo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, conforme não somente o ministro Barroso, mas também procuradores federais sobre a conduta de membros do colegiado da justiça federal superior, em Camaçari o retrato que se desenha é de uma cidade, acostumada com tanta impunidade em favor "dos grandes", por anos a fio, enfim em vias de ver a reversão desse quadro.

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