segunda-feira, 30 de março de 2015

MUNDO

 “Um dia todos saberão o meu nome”, teria dito copiloto à ex-noiva

Foto: AFP
Copiloto derrubou avião de propósito, segundo investigação
A ex-noiva de Andreas Lubitz, suspeito de ter derrubado de propósito o Airbus 320 que matou 150 pessoas, na França, disse que rompeu o noivado por conta dos evidentes problemas psicológicos do copiloto. Em entrevista ao jornal ‘Bild’ neste sábado (28), a jovem identificada como Maria W., de 26 anos, disse que o copiloto da Germanwings dizia constantemente a ela: “Um dia todos saberão o meu nome”. “Ele me dizia ‘Um dia farei algo que vai mudar todo o sistema, e todo mundo vai saber meu nome e lembrar dele’. Não entendia o que ele queria dizer, mas agora faz sentido”, ela disse. Maria revelou que Lubitz chegou a falar sobre “avião caindo” durante um sonho. “Andreas era um jovem muito amável e aberto nos voos, e alguém muito doce em privado. Era alguém que precisava de carinho. Terminei com Andreas porque era cada vez mais evidente que ele tinha um problema. Durante discussões, se irritava e gritava comigo. No meio da noite, acordava gritando ‘Estamos caindo!’. Mas ele só me dizia que passava por um tratamento psiquiátrico”, contou.
Correio*

MUNDO

 Copiloto da Germanwings tratava-se em hospital, mas não por depressão

O copiloto alemão Andreas Lubitz, que aparentemente provocou a queda de um A320 da Germanwings na terça-feira, esteve no hospital de Düsseldorf para um check-up médico, mas não recebia tratamento para depressão no local. As consultas aconteceram em fevereiro deste ano e no dia 10 de março, informou o hospital nesta sexta-feira. Elas aconteceram para “esclarecimentos diagnósticos”, mas detalhes não podem ser revelados em razão das regras de confidencialidade, afirmou o hospital. “Relatos de que Andreas. L. era tratado de depressão em nossas instalações são, porém, errados”, disse a instituição. Uma porta-voz disse ao Wall Street Journal que Lubitz esteve no hospital em razão de vários problemas físicos para os quais buscava diagnóstico. Ele não esteve no local para se tratar de depressão, disse ela, destacando que o hospital não tem clínica psiquiátrica, apenas uma unidade de neurologia. O hospital entregou o arquivo médio do copiloto para os promotores de Düsseldorf. Os promotores disseram na manhã desta sexta-feira que Lubitz passava por tratamento, algo que aparentemente ele havia escondido de seu empregador. Em sua casa em Düsseldorf, a polícia encontrou um atestado médico rasgado que dispensava o copiloto de trabalhar no dia do acidente. O promotor francês Brice Robin disse na quinta-feira que suspeita que Lubitz tenha trancado o piloto para fora, programado a descida da aeronave e permitido que ela se chocasse com uma montanha dos Alpes franceses a 400 milhas por hora, demonstrando “desejo de destruir o avião”.
Associated Press

MUNDO 

Germanwings monta centro de assistência às famílias das vítimas do A320

A companhia aérea Germanwings anunciou hoje (27), em seu site, que está montando um centro de assistência às famílias das vítimas do Airbus A320, na cidade de Marselha, no sul da França. No local, a partir de amanhã (28), os parentes e amigos dos 150 mortos no acidente ocorrido na última terça-feira (24), nos Alpes franceses, poderão participar de sessões de informação para acompanhar as investigações e buscas em andamento. Três voos especiais foram disponibilizados esta manhã para transportar às famílias procedentes de Düsseldorf e Barcelona para Marselha. A empresa também declarou “estupefação” diante da informação divulgada ontem (26) de que o acidente teria sido causado deliberadamente pelo copiloto, Andreas Lubtiz, de 28 anos. Segundo revelaram os investigadores, Lubtiz teria impedido que o capitão do voo – que tinha se ausentado da cabine por instantes – reentrasse no cockpit, travando a porta e levando o avião a pique. “Não podíamos conceber uma possibilidade como esta nem em nossos piores pesadelos”, diz a empresa. Outras informações, divulgadas pela imprensa, indicam que Lubtiz havia sofrido de depressão há seis anos. Nesta sexta-feira, autoridades francesas voltaram a utilizar helicópteros a partir da base de Seyne-les-Alpes para continuar as buscas na montanha em que ocorreu a colisão.
Iara Falcão, Agência Brasil

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