quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Ministério Público entra com ação contra Alckmin por suposto caixa dois em campanha de 2014


Foto: Reprodução
Na manhã desta quarta-feira (5), o Ministério Público de São Paulo apresentou ação contra o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, por improbidade administrativa. Nesta ação, o MP acusa o tucano de ter recebido R$ 7,8 milhões através de caixa dois na campanha de 2014 ao governo de São Paulo, via Odebrecht.
A campanha do ex-governador de SP informou que "soube do fato pela imprensa. Não apenas do fato, mas, também, da reprovável manifestação que o promotor pretendia fazer no anúncio da abertura da ação, ‘contando com a presença do maior número de colegas’. Para além do barulho almejado pelo promotor, não há fato novo, apenas a conclusão de um promotor. Jamais houve irregularidade ou ilegalidade”.
As investigações são originárias das delações da Odebrecht e estavam no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas foram enviadas ao Ministério Público Eleitoral após Alckmin perder o foro privilegiado, em abril, quando renunciou ao cargo de governador de São Paulo para disputar a Presidência. Paralelamente ao Ministério Público Eleitoral, o Ministério Público do Estado abriu procedimento para investigar a possibilidade de ato de improbidade.
"Com as considerações necessárias ao entendimento da matéria e de tudo o que se expôs na narrativa dos fatos feita acima, resta claro que os requeridos, ao pedirem, receberem e permitir que se recebesse a quantia de R$ 7,8 milhões em nítida afronta ao ordenamento jurídico de quem mantinha relação contratual com o poder público violaram também os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência na Administração Pública", declarou o promotor Ricardo Manuel Castro, autor da ação.
O promotor, o prejuízo aos cofres públicos"correspondente aos valores ilicitamente acrescidos ao patrimônio dos requeridos Marcos Antônio Monteiro e Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, soma R$ 9.937.468,50". Esse montante corresponde ao valor de R$ 7,8 milhões corrigidos. Monteiro foi tesoureiro da campanha de Alckmin na campanha de 2014.
Vale ressaltar que na terça (5), o presidenciável afirmou em entrevista ao G1 e CBN que suas contas de campanha estão todas de acordo com a lei. Além de Alckmin, outros seis são alvo da ação, entre os quais ex-executivos da Odebrecht, a própria construtora e Monteiro. Com informações do portal G1. 

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