sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Defesa de Eduardo Cunha insere Michel Temer e Lula como testemunhas em processo da Lava Jato


Foto: Divulgação
Preso na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal, Eduardo Cunha (MDB-RJ), arrolou o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunhas de defesa na ação penal. Nessa ação, Cunha é réu por formação de organização criminosa. 
O processo está em andamento desde 2017. Na época, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o presidente Michel Temer por organização criminosa. De acordo com a denúncia da PGR, um grupo de políticos do PMDB (atual MDB) se organizou para desviar recursos da Petrobras e de outros órgãos do governo. 
Em relação ao presidente Temer, a denúncia foi barrada pela Câmara e o andamento foi suspenso, porém, em relação aos demais denunciados, não. Nesse processo também são réus amigos do presidente Michel Temer: João Batista Lima Filho, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo; o advogado José Yunes, ex-assessor de Temer; e o ex-deputado e ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures.
A defesa de Cunha arrolou 35 testemunhas, além dos dois citados.  Também foram listados políticos do MDB como o presidente do Senado, Eunício de Oliveira; o senador Romero Jucá; Tadeu Fillipelli, ex-assessor especial de Temer; do o ex-ministro Guido Mantega, o ex-deputado Cândido Vaccarezza e o ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia, ambos do PT. 
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o órgão afirma que os réus participaram de um esquema de desvio de dinheiro público e que existem “robustos elementos que apontam que eles integraram uma organização criminosa”. A lista de testemunhas faz parte da resposta da defesa à acusação – é o momento do processo em que os réus se pronunciam sobre as acusações contra eles.

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