sexta-feira, 19 de junho de 2015

Solenidade de inauguração do Complexo Acrílico da Basf (Foto: Adenilson Nunes)
Solenidade de inauguração do Complexo Acrílico da Basf (Foto: Adenilson Nunes)
Foi inaugurada na manhã desta sexta-feira (19), no Polo Petroquímico de Camaçari, o novo complexo acrílico da empresa alemã Basf. Iniciada em 2012, a expectativa é que o empreendimento gere impacto positivo à balança comercial do país, no valor US$ 300 milhões por ano, sendo US$ 200 via redução das importações e US$ 100 milhões em função da criação de exportações.
A cerimônia contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda Joaquim Levy, do governador Rui Costa e do ex-governador da Bahia e atual ministro da Defesa, Jaques Wagner.

A Basf informou que a instalação do complexo gera 230 empregos diretos e 600 indiretos. No auge da construção, a obra chegou a produzir cerca de 5
mil empregos. "Contamos aqui com mão de obra local. Preferimos os baianos. Não só daqui, mas de outros lugares da Bahia", disse Ralph Schweens, presidente da empresa na América do Sul.

Schweens ainda afirma que a construção do complexo envolveu investimentos na ordem de R$ 2 bilhões, se configurando no maior aporte de verbas da história do empreendimento na América do Sul. "Essa é a planta mais moderna que a Basf tem", afirmou.

Segundo o executivo, a construção do complexo na Bahia foi motivada por quatro pontos preponderantes. O primeiro é a proximidade com a Braskem, empresa que também integra o Polo e é fornecedora da principal matéria-prima utilizada nos negócios, o propeno.

A segunda motivação relatada é uma parceria para treinamento de profissionais contratos no estado - em Camaçari, Lauro de Freitas e Salvador -, firmada com o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI). A empresa destacou que 10% dos trabalhadores participam dos  treinamentos.

As duas últimas motivações de investimentos na Bahia têm a ver com infraestrutura química - diante do Polo de Camaçari -, e incentivos do governo do Estado, prefeitura local e Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic).

Dentre os atrativos relacionados às parcerias, está a política de devolução de créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a indústria petroquímica, firmada pelo governo da Bahia.

Durante a inauguração, o vice-presidente da Basf na América do Sul, Rui Goerck, disse que dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) mostram que a construção do complexo na Bahia é o maior investimento na indústria química do país nos últimos 25 anos. "Trouxemos a tecnologia mais moderna do mundo", informou. Goerck disse que a chegada da empresa no estado já é responsável por R$ 1 bilhão em investimentos na cadeia.
Produção
O complexo construído na Bahia envolve a produção em escala mundial de ácido acrílico, usado na produção de tintas; revestimentos, produtos de tratamento de água, vernizes, adesivos e aglomerantes, acrilato de butila, aplicado em resina, tintas à base de água, revestimento de papel, colas e adesivos, além de Polímeros Superabsorventes (SAP), usado na fabricação de produtos como fraldas descartáveis, e produtos de higiene feminina.

Segundo o governo do Estado, a meta da Basf é produzir anualmente 160 toneladas de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes. O governo relatou que a construção da empresa atraiu outras de terceira geração para o Polo Industrial de Camaçari. Entre elas, está a Kimberly-Clark, que, em 2013, implantou na Bahia sua primeira unidade fora do eixo Sul-Sudeste para atender ao mercado nordestino. A Kimberly é especializada em artigos de higiene e usa componentes derivados do ácido acrílico para a fabricação de fraldas de bebês e outros produtos.

Atualmente, toda a matéria-prima para a produção de fraldas descartáveis, absorventes higiênicos e tintas acrílicas no Brasil é importada da Ásia e da Europa, informou o governo. Com a Basf, o Estado explicou que o Brasil pode se tornar autossuficiente e exportar o excedente fabricado para toda a América Latina. A prioridade será abastecer o Brasil e a América do Sul. Inicialmente, 25% da produção deverá ser exportada, e o restante ficará no país.

Prefeito Ademar e a presidente Dilma na inauguração do complexo da Basf (Foto: Adeilson Nunes )
Prefeito Ademar e a presidente Dilma na inauguração do complexo da Basf (Foto: Adeilson Nunes )

Nenhum comentário: