quarta-feira, 27 de maio de 2015

EXCLUSIVA 

Políticos baianos precisam se posicionar sobre Fies

Cerca de 70% dos estudantes de faculdades privadas da Bahia não receberão o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), do governo federal. É o que revela reportagem da Tribuna da Bahia, de autoria do jornalista Alex Ferraz. Em entrevista a ele, o presidente da Associação Baiana de Mantenedores do Ensino Superior (Abames), Carlos Joel Pereira, revela que apenas um terço das verbas pleiteadas por estudantes baianos foi liberada até agora e que não há perspectiva de sê-lo mais este ano. O financiamento estudantil é a única modalidade que os estudantes que o requerem têm para cumprir o pagamento das mensalidades, o que significa que, quem não conseguiu recebê-lo, se não obtiver uma alternativa pessoal de financiamento, ficará alijado do sistema de ensino superior.
Não é preciso de uma pesquisa para comprovar que se trata da totalidade. Os números mostram o quanto a Bahia vem sendo prejudicada com o ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff (PT), para cuja vitória à Presidência o eleitorado do Estado foi decisivo. Além de obras paralisadas e cortes lineares para diversas áreas, como a da Saúde, o contingenciamento pega em cheio agora os estudantes do ensino superior. E exigem dos representantes políticos do Estado um duro posicionamento em relação ao governo federal. Depois de brecar a liberação do financiamento abruptamente, dando as desculpas mais estapúrdias, como a de que o problema era do sistema, o governo foi forçado a admitir que não tinha dinheiro para manter o programa nos termos em que funcionava, o qual saltou de R$ 1 bi para $ 14 bi no governo Dilma Rousseff.
No entanto, a mesma mobilização de parlamentares a que o Estado assiste para resolver problemas como o do Estaleiro do Paraguaçu, em relação ao qual as perspectivas de sair do buraco com a eclosão da Operação Lava Jato se tornam cada vez mais improváveis, levando ao desespero largas faixas de sua população, deveria presenciar na defesa dos estudantes que devem ficar sem condições de estudar durante todo um ano letivo. Até agora, não se viu qualquer reunião, especialmente da bancada governista, integrada, entre outros, pelo PT, para reivindicar os direitos dos estudantes baianos junto ao governo Dilma Rousseff. Outra instituição que começa a agonizar, em decorrência do atabalhoado ajuste fiscal do governo, é a UFBa. Mais uma prova de o “Pátria Educadora” é apenas mais um slogan fictício deste governo.

Nenhum comentário: