segunda-feira, 12 de março de 2018


MEDO DE ALTURA - ACROFOBIA


Durante os treinamentos de NR 35, para aproximadamente 25.000 trabalhadores, percebemos a dificuldade de muitos em lidar com o trabalho em altura devido ao medo. Nas aulas práticas, alguns trabalhadores não conseguiam subir 1,0 metro acima do piso na estrutura metálica e já se mostravam bastante nervosos, enquanto outros conseguiam, porém, ao perceberem a que altura estavam, paralisavam completamente e tínhamos que, com muita paciência e argumentos, convencê-los a descer ou, em alguns casos, resgatá-los. Muitos deles sequer sabiam que tinham este medo. Neste post, transcrevo um artigo da Psicóloga Dra. Thaiana F. Brotto do site www.psicologosberrini.com.br que trata de forma bem clara sobre o tema.

Medo de altura

Mais conhecida por psicólogos como acrofobia, o medo de altura é um problema que impacta significantemente a qualidade de vida. Esta fobia surpreendentemente comum faz com que inúmeras pessoas no mundo todo sofram desnecessariamente. Descubra mais sobre o medo de altura e como o acompanhamento psicológico pode ajudar no dia a dia de quem sofre com ele.

O que é acrofobia?

Sendo uma das fobias mais comuns, a acrofobia é o medo extremo e irracional de altura, podendo causar ataques de pânico e afastar a pessoa do convívio social, além de impactar sua vida negativamente, limitando as oportunidades de carreira, bem como afetando situações simples do dia a dia, tais como ajudar o seu filho a descer de uma árvore, escolher o destino das férias ou trocar uma lâmpada.

Esta fobia pode ser perigosa, como em situações combinando grandes alturas e ataques de pânico, em que a pessoa fica incapaz de manter-se segura por conta de sua agitação. Alguns acrofóbicos também sofrem de impulsos e desejos de se jogar, apesar de não serem suicidas.

A fobia é um transtorno de ansiedade e quem sofre come ele sente um medo intenso e irracional de determinados objetos e situações, como já vimos em artigos anteriores.

Sintomas

Muitas pessoas sentem um pouco de apreensão e nervosismo quando estão nas alturas e olham para baixo – este é um sentimento considerado natural e até mesmo bem apropriado. No entanto, quando você vivencia ataques de pânico, respiração rápida, náuseas e tontura ou vertigem ao ir em direção a uma varanda ou terraço, subir um lance de escadas, entrar em um elevador, ou dirigir sobre uma ponte, é sinal que este medo tornou-se uma obsessão irracional.

Seus sintomas típicos incluem falta de ar, respiração rápida, batimentos cardíacos irregulares, suor, náusea e sentimentos gerais de pavor. Dependendo de sua gravidade, uma pessoa acrofóbica pode tanto temer estar em um andar alto de um edifício, subir uma escada ou qualquer outra atividade que envolva estar acima do chão.

Pessoas com acrofobia podem ou não ter sintomas de vertigem. A maioria sente uma sensação de pânico geral e procura instintivamente um lugar para se segurar, pois se sente incapaz de confiar em seu próprio senso de equilíbrio.

Causas

Tradicionalmente, a acrofobia tem sido atribuída, como outras fobias, ao condicionamento ou a uma experiência traumática envolvendo altura.

Outra explicação aceitável é a de que o medo de altura é um mecanismo de sobrevivência evolutivo dos mamíferos. No entanto, a acrofobia afeta bem mais os indivíduos do que apenas o receio do perigo de estar no alto, que a maioria de nós sente.

Muitos psicólogos e pesquisadores acreditam que o medo de altura é provém tanto por ter vivenciado uma queda anterior, ou ao presenciar seus pais tendo uma reação exagerada com relação à altura.

Tratamento para o medo de altura

Um psicólogo pode ajudar as pessoas que têm acrofobia a desenvolver habilidades de enfrentamento para gerenciar o medo e a ansiedade. As sessões envolvem a compreensão da fobia e leva o paciente a ajustar seus pensamentos e crenças que ajudam a criar a ansiedade e a aprender e praticar habilidades sociais comportamentais específicas para aumentar a confiança, para que então, lentamente e gradualmente, consiga praticar essas habilidades em situações reais.

A terapia cognitivo-comportamental também é altamente recomendada para curar fobias específicas. Em adição, o psicólogo ensina o paciente a controlar seus sintomas de pânico, recuperando sua segurança emocional.

A exposição às alturas também é uma solução bem comum, principalmente nos dias de hoje, em que é possível utilizar óculos de realidade virtual para tratar a fobia, sem qualquer risco ou necessidade de deslocamento.

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