quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Itaparica: Cliente acusa construtora de não cumprir acordos; ‘Quer se dar bem’, rebate NG8
Foto: Divulgação
O empreendimento Viver Bem em Itaparica ainda não saiu oficialmente do papel, mas pode ir parar na Justiça. A primeira etapa do projeto, que envolve lotes, casas duplex e apartamentos, deveria ser entregue em dezembro de 2015. Porém, segundo o gerente comercial Patrick Garcia, até o momento nada foi construído. “Há dois anos eu comprei uma unidade do empreendimento. Eles venderam a primeira etapa toda e algumas unidades da segunda. Nós continuamos pagando até que no ano passado fizemos visitas frequentes e o espaço não foi sequer terraplanado”, acusou. Segundo ele, o dono da empresa NG8, responsável pela obra, reuniu os clientes em outubro informando que obra atrasaria e que estava disposto a firmar acordos com quem decidisse desistir da compra. “Algumas pessoas fizeram o acordo, mas depois de um tempo eles não cumpriram mais. Eu já tinha pago uma parcela maior e quis meu dinheiro de volta, só que eles disseram que só me pagariam em dez vezes. Foram cerca de R$ 40 mil investidos”, criticou o gerente. Garcia informou que ele e outras dez pessoas, que não tiveram os acordos cumpridos, devem entrar com um processo contra a construtora. “Nós já temos um advogado. Queremos que esse problema seja divulgado para que outras pessoas que também foram prejudicadas possam se unir a nós no processo”, explicou.

Foto: Arquivo Pessoal
A versão contada pela NG8, contudo, é um pouco diferente. Segundo o diretor da empresa, Marcos Freire, o atraso foi causado por um problema no financiamento do empreendimento. “Quando a gente lançou, tinha conseguido o financiamento aprovado pela Caixa Econômica Federal. Por diversas razões, o dinheiro nunca foi liberado. Nós comunicamos os clientes e todos que quiseram destratar, nós aceitamos. Inclusive, pagamos com o valor corrigido”, defendeu. Freire afirma que outro financiamento já foi fechado e garante que o empreendimento ficará pronto em até 18 meses, contados a partir de março. Mesmo assim, poucos teriam desistido de possuir uma unidade do condomínio. “Nós vendemos pouco mais de 100 unidades e apenas 13 destrataram. A maioria sabe que conseguiu um preço barato no lançamento. Hoje, aquela área vale quase o dobro, porque fica a 600 metros da praia, perto do ferry. Se não quiserem continuar, não tem problema, a gente devolve tudo. Se sair eu vendo mais caro. Se quiser, eu nem discuto. Faço o contrato, devolvo pra pessoa e pronto”, detalhou o diretor. Para ele, aqueles que ameaçaram processar a empresa querem aproveitar a crise para ganhar dinheiro. “Realmente tem pessoas que na crise querem se dar bem. Tem gente que pagou R$ 12 mil e quer que a gente pague R$ 40 mil. A gente não vai fazer. Não adianta se aproveitar de uma situação pra querer chantagear empresários decentes como a gente. Estamos pagando mais do que o próprio contrato definia”, alegou. “É completamente infundado isso, uma pessoa dizer uma barbaridade dessas. Eu não tenho problema nenhum com ninguém, não tenho ação com ninguém. O Brasil ta em crise e tem gente que quer se aproveitar pra fazer denúncia. Só tenho a lamentar. Mas a empresa é honrada, não tem nada errado”, garantiu.

Nenhum comentário: