quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Bellintani nega crise no Lobato e diz que tráfico seria ‘problema de segurança pública’
Foto: Google Street View
O secretário municipal de Educação, Guilherme Bellintani, negou nesta quarta-feira (20) que o tráfico impeça o acesso dos alunos à nova unidade de ensino após a extinção da Escola Municipal São Roque do Lobato, em Salvador (entenda aqui). Autor de uma representação no Ministério Público que investiga o fechamento da instituição, o vereador Hilton Coelho (PSOL) afirma o colégio municipal Eufrosina Miranda, que fica localizado do outro lado da Avenida Suburbana, seria território de uma facção rival. Assim, os estudantes transferidos para o outro prédio não poderiam chegar ao local. “As famílias ligadas ao tráfico, mesmo que indiretamente, não podem passar pro outro lado nem para fazer compras. As crianças não têm culpa, mas é uma situação que existe e a prefeitura tem conhecimento disso”, acusou o vereador. O secretário, contudo, nega que haja qualquer impedimento. “A gente não tem registro disso. Até porque as escolas são praticamente coladas, a distância é de 100, 200 metros de uma pra outra. [...] Inclusive, os alunos que estão indo pro Eufrasina já moram do lado da nova escola. Eles estavam equivocadamente no São Roque”, avaliou. Além disso, ele defende que seria uma “temeridade” manter os jovens no atual prédio da instituição. “A São Roque estava totalmente impossibilitada de continuar funcionando. É uma temeridade continuar em um escola com estrutura condenada. O prédio nem era próprio da prefeitura. Não vai ter prejuízos”, justificou, ao alegar que migrações de escolas são comuns quando há problemas de infraestrutura. Além disso, de acordo com o secretário, todas as decisões foram debatidas com os moradores da região. “Tudo está sendo feito como combinado com a comunidade, o processo está muito tranquilo. Inclusive, eles adoraram”, contou. O chefe da pasta disse ainda desconhecer que estudantes de outros bairros sejam afetados por ordens de facções. “Não tenho nenhuma informação de que alunos não consigam ir à escola por conta de problemas com o tráfico. Mas esse seria um problema de segurança pública e não da escola”, concluiu.

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