segunda-feira, 28 de setembro de 2015

MTE alerta empresas para inclusão de pessoas com deficiência no AM

Somente metade das vagas ofertadas em todo o estado está preenchida.
Órgãos públicos também limitam à contratação de deficientes.


Há 24 anos foi implantada a Lei de Cotas 8.213/91, que obriga as empresas com mais de cem funcionários a contratar pessoas com deficiência (PCD). Em Manaus, a auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Taís Arruti Lírio Lisboa, afirma que ainda há resistências das empresas em cumprir a legislação.
Segundo a auditora, atualmente cerca de 15 mil vagas são ofertadas no mercado para pessoas com deficiência. Desse total, apenas sete mil estão ocupadas. De acordo com ela, o número de contratações ainda é pequeno mesmo com a fiscalização feita pelo órgão.

Taísa afirma ainda que, além das empresas privadas, órgãos públicos também se encaixam nesse perfil.
"Cerca de 97% das pessoas com deficiência no mercado de trabalho estão nas empresas que a gente fiscaliza. Isso mostra que, se a gente não fiscalizar, apesar de existir a lei, as pessoas não contratam”, considerou.
"Essa questão não atinge somente as empresas privadas. Isso acontece também nos órgãos públicos, eles se prendem ao concurso e acabam desrespeitando a legislação e não contratam", afirmou.
A auditora fiscal destacou que é necessário assegurar os direitos das pessoas com deficiência e promover a equiparação de oportunidades, além de garantir acessibilidade.
"A deficiência existe, mas temos que ver o que cada um é capaz independente de ter uma característica ou não. A sociedade brasileira vem evoluindo e por conta da lei eu acredito que isso puxe a sociedade a refletir", concluiu.
Campanhas realizadas
No sábado (26), foi realizada a campanha do "Dia D" que ofertou 1500 vagas regulares para pessoas com deficiência, no intuito de incluir estas pessoas no mercado. No ano de 2014, a campanha foi realizada também com beneficiários reabilitados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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