segunda-feira, 28 de setembro de 2015

(Imagem Ilustrativa)
(Imagem Ilustrativa)
O parlamento baiano tem um ‘diagnóstico’ sobre investimentos da Petrobras na Bahia para os próximos anos e também sobre as obras paralisadas do Estaleiro Enseada do Paraguaçu: “Vivemos uma grave crise econômica e a sociedade baiana necessita das garantias que o cenário de tristeza com a paralisação das obras do estaleiro não vai se tornar ainda pior”. O assunto foi debatido em audiência pública na semana passada, na Assembleia Legislativa.
“A crise que já está afetando a vida de todos os brasileiros está sendo sentida de forma mais intensa pelos baianos que estavam depositando as suas esperanças no desenvolvimento econômico e social que o estaleiro traria”, afirmou o presidente do Legislativo, deputado Marcelo Nilo (PDT).
Já o deputado Hildécio Meireles (PMDB), proponente do debate e presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, fez referência a um estudo divulgado no dia 11 de agosto pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostrando que a paralisação de investimentos em obras como a construção do Estaleiro Enseada, em Maragojipe, e a Ferrovia Oeste-Leste, decorrente da Operação Lava Jato pode gerar um impactos negativos – diretos e indiretos – de R$ 142,6 bilhões na economia brasileira e uma retração de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

“O estudo mostra que a economia baiana pode ter prejuízos de até R$ 21,3 bilhões. O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, tido como o maior empreendimento da Indústria Naval da Bahia e um dos maiores do Brasil, está orçado em R$ 2,6 bilhões. A sociedade precisa saber o que necessário para dar respostas sobre esses assuntos”, disse. 

“Fomos obrigados a paralisar as obras do estaleiro com um avanço significativo de 82% de conclusão e R$ 2,6 bilhões já investidos, de um total de R$ 3,2 bilhões. No pico das obras, em 2014, a empresa gerou 7.200 empregos diretos, sendo mais de 80% para as comunidades do entorno”, revelou Humberto Rangel, diretor de Relações Institucionais da Enseada, empresa responsável pelo Projeto, que também representou a Fieb. Ele detalhou a performance do estaleiro ao longo do processo de implantação, a partir de 2012.

“Se a pleno vapor estivesse, o estaleiro teria hoje, somente aqui na Bahia, cerca de 6.000 integrantes”, afirmou o executivo. Rangel lamentou que atualmente a empresa registra menos de 300, que cuidam apenas de atividades administrativas e preservação de equipamentos.

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