domingo, 28 de outubro de 2018

Divisão de siglas na Câmara será obstáculo para presidente eleito

Foto: Estadão
Congresso Nacional, em Brasília
Líder em intenções de voto, o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) teria hoje, se vitorioso, apoio de 191 deputados eleitos na Câmara. Adversário dele, o petista Fernando Haddad contaria, se eleito, com uma representação inicial de até 169 parlamentares. A soma de Bolsonaro inclui integrantes de seu partido, do PTB, do PSC e do Patriota – os três que aderiram formalmente à candidatura no segundo turno – e de legendas de centro e centro-direita que mostraram predileção por ele, como PSD, DEM, PRB, Podemos, Novo e PRP. A base do deputado pode ser mais elástica e chegar a 307 deputados, se somados MDB, PP, PR e siglas nanicas, que não atingiram a cláusula de barreira e devem perder congressistas. Já entre os aliados do petista estão contabilizados os coligados PCdoB e PROS, mais os aliados no segundo turno – PSB, PDT, PSOL, Rede Sustentabilidade e PPL –, além de Solidariedade, PV e Avante, legendas que indicaram preferência pela candidatura de esquerda. No total, 30 partidos elegeram representantes na Câmara – atualmente são 25 na Casa. A fragmentação de siglas médias de centro e o crescimento de bancadas nos extremos do espectro político são tidos como obstáculos à governabilidade, seja de Bolsonaro ou Haddad. Há expectativa de uma redução para 21 partidos no início da próxima legislatura, porque nove não atingiram a cláusula de barreira. As legendas grandes e médias buscam engordar suas bancadas com os 32 deputados dos nanicos que negociam fusões.

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