segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sem ACM Neto, adversários aproveitam primeiro debate para atacar prefeito
Foto: Guilherme Ferreira / Bahia Notícias
O primeiro debate entre candidatos à prefeitura de Salvador começou com fortes críticas à gestão do prefeito ACM Neto (DEM), que não compareceu ao encontro organizado nesta segunda-feira (22) pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O evento foi realizado na reitoria do Instituto Federal da Bahia (IFBA), no bairro do Canela, e também não contou com o candidato Pastor Sargento Isidório (PDT). Sem o democrata, os cinco candidatos presentes focaram em críticas ao prefeito, equilibrando os discursos com propostas para a área da Educação. Com claro apoio da maioria dos presentes, Alice Portugal (PCdoB) voltou a citar o suposto golpe sofrido pela presidente afastada Dilma Rousseff e disse que Neto “"desrespeita a academia baiana quando se ausenta do primeiro debate realizado em Salvador e por Salvador”. A comunista também criticou decisões como a “ditadura do paladar” no Carnaval, com os patrocínios nos circuitos, e a aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). "Nosso PDDU foi tratado como propriedade dos interesses que comandam a prefeitura municipal de salvador. [...] Lamentavelmente, o plano teve audiências forjadas", acusou, ao citar a “consequência trágica” para a cidade por conta do aumento do gabarito e redução das áreas de preservação ambiental. “O prefeito acelerou a votação para garantir interesses. Interesses dos amigos, interesses da construção de luxo." Já Rogério Tadeu Da Luz (PRTB) focou as críticas na falta de investimentos na Educação, principalmente na educação infantil, como creches. "Não sei como o prefeito consegue colocar a cabeça pra dormir", sugeriu. Ao responder sobre a morte de negros em comunidades pobres, ele reforçou: "Toda vez que você não dá um lápis para uma criança você da a possibilidade para ela pegar um revólver mais à frente." Cláudio Silva (PP) também colocou a Educação como um dos maiores problemas da capital baiana. "Vimos o nosso prefeito viajar pro Vale do Silício com o secretário da Educação, quando eu tenho dito que ele deveria ir para o Vale da Muriçoca". Ele também criticou o modelo de Carnaval da gestão atual. "O Carnaval, lamentavelmente, na nossa cidade, virou um evento comercial, não cultural". A vice-prefeita Célia Sacramento (PPL) disse que os valores investidos nas escolas não são reflexos apenas de falta de verba. "Claro que falta recurso para educação. Com o que se tem, o que pode ser feito. Aí é a gestão", avaliou. "Em salvador há uma carência de creches. É uma questão de escolhas e análises de custos. Recusamos valorizar os professores. São as escolhas na gestão dos recursos que fazem a diferença ", concluiu. Fábio Nogueira (PSOL) focou na redução de investimentos para universidades. Para o psolista, o problema não foi gerado pelo governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). Nogueira acredita que a educação em Salvador foi “abandonada” por Neto. "O caminho é a gestão democrática, é a participação popular, o que não acontece na gestão de ACM Neto", concluiu.

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