quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Demerson estava acompanhado de um amigo. Dupla pegou atalho para fugir de pedágio quando foi parada por homens armados
Demerson estava acompanhado de um amigo. Dupla pegou atalho para fugir de pedágio quando foi parada por homens armados
Um traficante conhecido como “Léo Pequeno” e dois adolescentes, identificados pelos apelidos de ‘Grilinho’ e ‘Porcão’ estão sendo procurados pela Polícia Civil acusados de torturar e atirar contra William de Souza Silva Júnior (baleado no ouvido) e José Demerson dos Santos Souza, que morreu afogado enquanto tentava fugir dos bandidos, na região de Portão, em Lauro de Freitas.
Os dois jovens que residiam em Camaçari desapareceram na noite de 16 de dezembro deste ano. Dois dias depois, o corpo de Demerson foi encontrado boiando no Rio Joanes, mas a confirmação só foi possível no dia 23, quando um exame de DNA finalmente confirmou que o corpo resgatado do rio era do rapaz.
A delegada Andrea Arraes, titular da 34ª DT/Portão (Delegacia Territorial), é a responsável pela investigação do caso. A polícia trabalha com a hipótese de que a vítima atirou-se no rio para não ser baleada e acabou morrendo afogada, por não saber nadar.

Segundo as investigações, ‘Grilinho’ e ‘Porcão’ têm diversas passagens pela polícia, envolvimento em homicídios e o segundo é apontado como autor da morte de um homem de prenome Cosme, assassinado a tiros, em março deste ano, e cujo corpo também foi localizado no Rio Joanes.

Entenda o caso:

William e Demerson saíram de Camaçari na noite do dia 16 “para visitar umas meninas” em Salvador. Para não pagar o pedágio, os dois pegaram um atalho pela Estrada das Cascalheiras e seguiram pelo desvio de Cajazeiras de Abrantes, de onde acabaram se dirigindo ao bairro de Portão, em Lauro de Freitas. Eles teriam entrado em uma rua sem saída em Portão, onde foram barrados por dois homens armados. A dupla amarrou as mãos dos amigos e começou uma sessão de espancamento.

Os dois jovens foram agredidos a chutes, socos e pontapés. Algumas das unhas da mão de William também foram arrancadas pelos criminosos. Os bandidos perguntaram onde eles moravam e segundo informações de William (divulgadas no jornal Correio), quando descobriram que os jovens eram de Camaçari, a dupla acusou os rapazes de fazer parte da facção criminosa Caveira, rival da facção Comando da Paz, que comanda o tráfico de drogas no bairro de Portão.

Eles teriam negado o envolvimento com o grupo, mas os homens não acreditaram e ligaram para o suposto chefe da facção de Camaçari vulgo “Coroa”, que mandou matar os dois.  Aproveitando a distração, os jovens fugiram em direção ao Rio Joanes. Demerson, que não sabia nadar, desapareceu no rio. William foi baleado no ouvido, mas conseguiu correr até a estação de ônibus de Portão, de onde foi socorrido para o Hospital Menandro de Farias.

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