quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Olimpíada livrou Mantega de ir mais cedo para a prisão

Guido Mantega poderia ter sido preso já em agosto, quando o juiz federal Sérgio Moro, acolhendo representação da Procuradoria da República, decretou a captura do ex-ministro da Fazenda. A força-tarefa da Arquivo X, 34.ª fase da Operação Lava Jato, requereu a prisão preventiva de Mantega em julho. No dia 16 de agosto, Moro mandou prender o ex-ministro em caráter temporário, por cinco dias. Mas a grande mobilização dos quadros da Polícia Federal para os Jogos Olímpicos não permitiu a execução da Arquivo X, que acabou adiada para esta quinta, 22 – um quadro de 180 policiais federais foi às ruas em cinco Estados e no Distrito Federal. O procurador regional da República Carlos Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato, classificou de ‘infortúnio’, o fato de a PF localizar o alvo maior da Arquivo X no Hospital Albert Einsten. Mantega foi ao hospital ainda de madrugada para acompanhar uma cirurgia a que estava sendo submetida sua mulher. “Infelizmente, situações e coincidências como esta são tristes, mas não há como não se cumprir uma ordem judicial”, disse Carlos Lima. “Que se deixe claro que esse pedido do Ministério Público Federal ocorreu em julho de 2016. A decisão é de agosto 2016. Só não foi cumprida (a ordem de prisão) por circunstâncias operacionais em decorrência da Olimpíada. O evento no hospital foi uma coincidência infeliz, apenas.”

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