Leão 'está abrindo mão do prefeito dele', afirma Moema sobre casamento com Cacá Leão
por Alexandre Galvão/ Bruno Luiz
Foto: Jefferson Peixoto/ Ag Haack/ Bahia Notícias
O "casamento" entre os deputados federais Moema Gramacho (PT-BA) e Cacá Leão (PP-BA) é, para a petista, indicativo de que o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), está abandonando o barco do correlegionário Márcio Paiva (PP), prefeito de Lauro de Freitas, numa possível candidatura dele à reeleição para a prefeitura do município. A troca de alianças entre os parlamentares baianos foi sugerida por Leão no início deste mês, durante a entrega de unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, em Barreiras, na região da Bacia do Rio Grande. Sobre o assunto, Moema foi categórica. “Eu estou supondo que, quando Leão faz uma colocação dessas, ele está abrindo mão do prefeito dele. Eu só entendo casamento político se for na disputa da prefeitura de Lauro de Freitas”, sentenciou em entrevista ao Bahia Notícias nesta quinta-feira (22). Cacá Leão e Moema jogam, historicamente, em lados diametralmente opostos nas eleições municipais em Lauro de Freitas. Há, ainda, o fato de que o vice-governador baiano integra a mesma legenda de Márcio Paiva, que anda mal das pernas em popularidade na cidade. A petista afirmou também que já tem data para definir se concorrerá, ou não, à prefeitura do município. “Eu acho que janeiro é um prazo razoável para a gente dar uma avaliada no quadro político como um todo. Até janeiro a gente deve resolver”, assegurou. Moema também comentou os escândalos envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acossado por denúncias de que teria sido beneficiário de propina proveniente dos esquemas de corrupção na Petrobras, investigados pela Operação Lava Jato. Ela foi uma das signatárias do pedido de cassação do mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar, protocolado no Conselho de Ética da Casa. Para ela, com o aumento substancial das denúncias contra o peemedebista, a posição da comissão sobre a permanência de Cunha à frente da presidência deve ser rápida. “Mais do que nunca, o Conselho de Ética precisa ser mais ágil em sua posição. Prevê-se que, em três meses, seja feita a avaliação. Acho que a gente não pode esperar três meses sendo presidido por quem já tem uma retomada do recurso desviado”, declarou.
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