SALVADOR
Mais de 240 casas serão reconstruídas na Cidade de Plástico
Foto: Divulgação
Residencial terá campo de futebol e centro comunitário. Quem passar na Av. Suburbana terá vista do mar
A cozinheira Edna Leite, 46 anos, está na Cidade de Plástico, em Periperi, desde o início da ocupação. Nove anos atrás, ela e outras 30 famílias – quase todas chefiadas por mulheres solteiras – chegaram ao terreno de cerca de 20 mil metros quadrados, por onde passam os trens do Subúrbio Ferroviário no bairro, e deram início à Comunidade Guerreira Zeferina. Lá, bem em frente à Baía de Todos os Santos, instalaram barracos de plástico e lona improvisados para morar, o que levou ao apelido pelo qual a comunidade é mais conhecida. Hoje, com 248 famílias, a Cidade do Plástico já não tem tanto plástico. Foram construídas casas de madeirite e até de tijolos. Mesmo assim, as condições de vida continuam tão precárias quanto no início, com problemas, principalmente, relacionados ao fornecimento de água e energia e à falta de saneamento básico. “A única coisa que tenho feita de bloco, em minha casa, é o meu banheiro. Ontem (terça-feira passada), achei uma cobra em casa. E aqui tem tanto rato que preciso ter gatos. É ratão grande, enorme”, contou Edna, dona de três felinos, na quarta-feira passada, quando a equipe do CORREIO visitou o local. Àquela altura, a maioria dos cerca de mil moradores já sabia da notícia: até o final do ano que vem, a prefeitura pretende dar nova vida à invasão, com a construção de novas unidades habitacionais, em um prazo de um ano. O investimento previsto no projeto de um condomínio é de R$ 18 milhões, com recursos provenientes do município. Leia mais noCorreio*.
Thais Borges, Correio*
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