Com Lava Jato nas ruas, operador do PMDB omitiu lucros
O lobista Jorge Luz omitiu seus lucros à Receita depois que a Operação Lava Jato foi deflagrada, em março de 2014. A informação consta do relatório do Ministério da Fazenda enviado à Polícia Federal e integra o inquérito da Operação Blackout, 38ª etapa da maior investigação já desfechada no País contra a corrupção.Luz e seu filho Bruno tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro. Eles são considerados pelos investigadores como os principais operadores de propinas do PMDB no esquema instalado na Petrobras. A Procuradoria da República sustenta que Jorge e Bruno distribuíram US$ 40 milhões a ex-diretores da estatal e a senadores do PMDB. Para o juiz Sérgio Moro, os indícios da investigação apontam para a “atuação criminal profissional” de Jorge e Bruno.Os únicos bens que atualmente constam sob o CPF de Jorge Luz é uma carretinha Reboque Karmann Ghia Re 280 do ano de 1992, que vale, aproximadamente, R$ 1 mil e um terreno de R$ 15 mil na Ilha do Marco, no município de Maracanã, no interior do Pará.Para despistar a origem do dinheiro recebido como propina de contratos fechados por seu intermédio, Luz manteve seu CNPJ responsável apenas como procurador da offshore TBC Equity Ltda.No Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, consta que Luz foi sócio de apenas duas empresas – a Total Express Participações Ltda, que teve baixa em 2015, e a GEA Projetos Eireli, da qual saiu em 2011. Entre 1990 e 1997, foi responsável pela empresa FBR Comércio e Indústria Ltda-ME.Embora não apareça em seu CNPJ, a investigação comprovou que Jorge Luz se manteve no controle, por meio de familiares, não só da GEA Projetos, mas de diversas outras empresas. Hoje, a empresa está em nome de sua irmã, Maria de Nazaré Luz Lopes.Segundo as investigações, Luz chegou a fechar contrato direto entre GEA e a diretoria de Abastecimento, então gerida pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, no valor de R$ 5,2 milhões. Costa disse, em sua delação premiada, que só foi mantido diretor da estatal petrolífera no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por intermédio de Luz, a pedido do PMDB
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