domingo, 20 de janeiro de 2019

Em delação, Palocci afirma que Lula pediu R$ 30 milhões para Delfim e Bumlai pela obra de Belo Monte


Foto: Reprodução
Em colaboração premiada firmada com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci disse que Delfim Netto recebeu R$ 4 milhões que correspondia a um acerto de R$ 15 milhões de propinas ao Partido dos Trabalhadores (PT) supostamente repassados pela Andrade Gutierrez.
Delfim foi alvo de buscas e apreensões no âmbito da Operação Buona Fortuna, 49ª fase da Lava Jato.
Primeiro delator do núcleo político de comando do esquema de corrupção do PT, Palocci detalhou sua atuação no acerto de R$ 135 milhões em propinas em Belo Monte - equivalente a 1% do contrato de R$ 13,5 bilhões. O valor dividido de forma igualitária, 50% cada, entre o PT e o MDB. E incriminou Lula e Dilma no esquema.
Ele afirma que Lula se envolveu diretamente na corrupção em Belo Monte. Segundo o delator, o ex-presidente exigiu que o amigo José Carlos Bumlai, pessoa que possuía livre acesso ao Planalto à época, e Delfim Netto recebessem milhões no negócio, por terem formulado o consórcio vencedor do contrato.
Ainda de acordo com Palocci, Lula estava 'irritado' porque Dilma Rousseff não havia autorizado o pagamento de propinas ao PT pela construção de Belo Monte, já que haveria um outro acerto com o PMDB.
Para Palocci, a presença de Bumlai significava que havia interesses também de Lula no recebimento dos valores.

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