Foto: BLOG DO FLÁVIO
ACM Neto tirou alguns dias de férias com a família. O descanso não deixa de ser uma tentativa de fugir do caldeirão político que o prefeito de Salvador ingressou após se tornar o único nome viável do grupo político liderado por ele para concorrer ao governo da Bahia em 2018. A tarefa de bater o governador Rui Costa na tentativa de reeleição é complexa e, caso Neto confirme estar disposto a participar do pleito, estaria abrindo mão de administrar Salvador apenas 1 ano e três meses depois de ter sido reeleito com 74% dos votos. Cacifado eleitoralmente, o democrata aumentou o potencial político desde que passou a ter melhor trânsito com o governo federal. Com a máquina da União ao seu lado, os ventos começaram a soprar favoráveis, porém não parecem ter encantado plenamente o prefeito. Em conversas recentes com a imprensa, ACM Neto nega ter uma definição sobre o futuro político. É cauteloso antes de assumir se é ou não candidato. Em reservado, o prefeito admite que a pressão no entorno é bem mais forte do que a predisposição dele para tentar ser governador em 2018. Um dos argumentos é que o cavalo estaria selado e cabe apenas a ACM Neto montar. Porém se o prefeito finalizasse a gestão em Salvador com índices similares aos atuais, qualquer nome apresentado contra ele em 2022 seria facilmente derrotado. E, entre 2020 e 2022, na condição de ex-prefeito e dirigente partidário, o democrata não enfrentaria dificuldades para se manter em evidência – até pela própria natureza da imprensa, que gosta de tensões políticas. Ou seja, o risco em 2018 é maior do que no pleito seguinte. Onze em cada 10 pessoas que acompanham a corrida eleitoral de outubro apostam que ACM Neto será candidato contra Rui. Ainda assim, não pode ser desconsiderada a chance de uma surpresa aparecer nas urnas representando a oposição – mesmo que para “cumprir tabela”. As férias do prefeito com a família servem para mais do que descanso. São uma pausa para confirmar qual caminho seguir.
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