Justiça nega liberdade a Palocci e defesa volta a falar em delação

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A defesa de Palocci bem que tentou, mas o STJ negou nesta terça-feira (18) o pedido de liberdade ao ex-ministro da Fazenda, preso desde setembro pela Lava Jato em Curitiba.

Palocci é réu por corrupção e lavagem em um processo conduzido pelo juiz Sergio Moro. Segundo as investigações, ele assumia função proeminente no esquema de corrupção e coordenou repasses de mais de US$ 10 milhões em propina ao PT.

De acordo com o relator dos recursos da Lava Jato no STJ, o ministro Felix Fischer, não há constrangimento ilegal que justifique a soltura do ex-ministro. Em seu entendimento Fischer considera a prisão necessária para a garantia da ordem pública, uma vez que foi decretada para combater a corrupção sistêmica. E, a existência de indícios de materialidade e de autoria dos crimes, justifica a manutenção da prisão preventiva.

Palocci já deu o primeiro passo para sua delação premiada. Há duas semanas ele teve uma reunião sobre o assunto na Polícia Federal em Curitiba, onde está preso. Pessoas ligadas ao ex-ministro dizem que os principais temas da delação envolvem corrupção de empresas do sistema financeiro, como bancos, além de conglomerados que não integram grupos de empreiteiras.